SB registra 56 casos suspeitos de febre maculosa até agosto

Por Redação 17/08/2018 às 14:50

Santa Bárbara d Oeste registrou neste ano 56 casos suspeitos de febre maculosa, com 2 casos confirmados da doença, sendo que um dos pacientes evoluiu para forma grave e óbito no mês passado.  Catorze casos continuam ainda sendo investigados. Esse quadro foi informado na Câmara Municipal, terça-feira (14), pelo médico veterinário Wilson Guarda, coordenador da Vigilância em Saúde da Prefeitura.

Todos os casos confirmados estão associados a deslocamento para áreas de mata e silvestres do município. No entanto, há uma preocupação da população porque entre outros animais, as capivaras, são hospedeiras da bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada do carrapato-estrela e causadora da febre maculosa. A presença constante de capivaras na área urbana do município aumenta a preocupação por causa dos riscos de contrair a doença. 

(Foto: Claudio Mariano)

O coordenador da Vigilância em Saúde explicou sobre o controle do carrapato-estrela (Amblyomma), transmissor da doença, e sobre o monitoramento e o controle que é realizado nas áreas de risco do município. Também alertou para a atenção que a população da área urbana deve ter com seus animais domésticos e deu orientações para as pessoas que praticam atividades ou trabalham em áreas de matas.

De acordo com o médico veterinário, o controle no aspecto de eliminação do carrapato em qualquer local é muito pouco provável. “Temos monitorado as áreas onde ele ocorre, as áreas onde há provável infecção associada, ou seja, pessoas que freqüentaram aquelas áreas e ficaram doentes e divulgamos quais são essas áreas para a rede de assistência médica, para que esteja alerta com relação à pessoas sintomáticas que freqüentaram essas áreas. Também a equipe do Centro de Controle de Zoonozes mapeia essas áreas através de arrastos para identificação do vetor e afixa placas informativas nesses locais de ocorrência do vetor, ou sabidamente  de ocorrência da doença”, informou.

O carrapato estrela, conforme explicou,é cosmopolita, pode se alimentar de várias espécies, inclusive do homem e de espécies que nem imaginamos, como sapos, aves, anfíbios ele pode parasitar. “Podemos encontrá-lo em várias áreas do município ligadas àáreas silvestres,matas,  áreas de beira de lagos, áreas mais afastadas do município. Isso não impede que eles possam ocorrer em áreas urbanas e, nesse sentido, é importante  as pessoas estarem atentas aos animais domésticos que são o cão, cavalos,animais de nossa posse, guarda e responsabilidade. É importante que o proprietário esteja atento a presença de carrapatos neles e quando perceberem, que instituam tratamento para que eles não funcionem como um veículo de adentrar numa mata e trazer o carrapato para dentro casa”, alertou. Segundo ele, em qualquer época do ano, as pessoas devem monitorar, controlar e estar atentas à ocorrência de parasitas em seus animais.

Outro alerta do coordenador da Vigilância em Saúde no município é dirigido às pessoas que costumam praticar atividades em matas ou áreas silvestres.  “É importante, principalmente em determinados períodos do ano, como maio a julho, e agora entrando no período de agosto a outubro, que as pessoas que praticam atividades como pescaria, trekking, mountain bike, e trabalhadores que adentram essas áreas, matas silvestres, áreas de trilhas,  que estejam atentos à ocorrência de carrapato. Grande parte dessas áreas mapeadas já estão informadas com placas afixadas.  A pessoa deve freqüentar  com uso de equipamentos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) necessários para  evitar que o carrapato possa subir nela, usando calça, meia e sapatos adequados. E se acontecer da pessoa  ser parasitada, que esteja atenta durante um período de duas semanas. Se desenvolver sintomas da doença como febre, dor de cabeça e mal estar, não se automedique e procure uma rede de assistência médica que esta preparada com a informação da pessoa que freqüente essas áreas.   O medico está preparado a instituir o tratamento e isso é importante porque diminui significativamente a letalidade da doença”, concluiu. 

Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas o telefone da Vigilância em Saúde é 3464-9850.