Na madrugada do dia 26 de junho de 2013, aos 40 anos, recém completados, Rogério Marinho Novais, guarda civil municipal em Santa Bárbara d'Oeste por duas décadas, encerrou a sua existência neste mundo. Aos nossos olhos vai cedo para a casa eterna. Mas, quem somos nós para julgar o tempo? Deus em sua infinita bondade sabe o quanto o homem se entristece ao pensar na morte e como sofremos ao se deparar com o momento da despedida.
Na Guarda Civil Municipal ele era conhecido como Marinho, este era o seu nome de guerra. Longe dos holofotes ou da platéia, ele "jogava" para o time. Era honesto, uma agradável companhia e soube ser amigo. O seu turno de trabalho era no período da noite, ingressava as dezoito horas e saía as seis da manhã.
No ano passado tive a oportunidade de vê-lo extremamente preocupado com a esposa, em razão de cuidados inspirados pela saúde dela. Demonstrou carinho e um amor enorme pela esposa. Ele tinha orgulho dos filhos e do neto. Agradecia a Deus pela família que havia formado.
É bem verdade, que um a um todos iremos embora deste mundo, mas é triste ver um amigo partir para a eternidade. Deixará saudades. Foi um herói anônimo. Durante duas décadas esteve nas ruas barbarenses atendendo ocorrências, trabalhando em postos de serviço e auxiliando na manutenção da ordem pública.
Certas pessoas ganham nossas admirações pelo simples fato de serem verdadeiras. O Marinho sempre foi uma destas. De origem simples e humilde venceu na vida.
Marinho como todo ser humano, também possuía detalhes, mas suas virtudes eram maiores. Nunca o vi reclamando. Era educado. Uma pessoa de bem, que fez o bem. Com certeza estará em boas mãos neste instante, em que todos fazem silêncio e uma prece por sua alma.
Tenho a convicção que Deus está feliz com sua empreitada nesta vida, Marinho, e que Ele cuidará de todos que sentirão a sua falta, seja no dia a dia da Guarda Civil Municipal ou na sua família. Mas, as lembranças que ficam serão de alento e de gratidão.
Finalizo esta homenagem parafraseando Rui Barbosa, que no seu discurso, depois
editado como livro, "Oração aos moços", disse que a maior distância que a
imaginação pode conceber é a da morte e nem ela pode separar as pessoas que se querem bem.
Vá em paz, meu amigo guarda civil municipal, Rogério Marinho Novais, o saudaremos mais uma vez com uma
fraterna continência. Que Deus abençoe a todos.
Eliel Miranda, Guarda Civil Municipal